Das amizades no trabalho
Concordam?
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Concordam?
Porque não podemos acertar sempre no que escolhemos para ler, fica aqui um bom exemplo da leitura que já não me satisfaz. Mas também é importante passar por estas experiências. É um livro básico (à falta de melhor qualificação), enfadonho, de desfecho previsível e demasiado forçado. Nem para leitura de praia serve...
Uma bela saga familiar e a tocante história de Mathilde, uma jovem francesa que escolhe Marrocos nos conturbados anos 1950s, que ousa ser diferente, mas a quem não resta senão aceitar as tradições, trabalhar a terra e deixar-se levar.
Quando comecei este blog, o objetivo era ser regular nas minhas publicações e nas minhas partilhas. A verdade é que nem sempre o tenho conseguido. Não por falta de disciplina. Essa tenho-a por vezes em excesso em quase todos os campos da minha vida. Mas por vezes entretenho-me mais a ler os outros e depois começo a pensar que o que tenho para escrever é perto de nada. Às vezes as ausências são presenças noutros sítios, noutras leituras, noutras vivências. Em todo o caso, tentarei ser mais constante e estar mais por aqui.
Imagem: Pinterest
Acabado de ler, difícil e errático, a vida da jovem narradora, "intimada para as dez horas", passada em revista durante uma viagem de elétrico que a leva até mais um interrogatório nas instalações da Polícia Secreta. Presente e passado, dela e de outros, fundem-se sem aviso, deixando pontas soltas. Mesmo assim, uma leitura diferente que nos obriga a um saudável exercício mental.
Imagem: Pinterest
Acabado de ler, doloroso, visceral e cruel, o relato de uma família despedaçada e da sua (in)capacidade de manter e cuidar do pouco que resta. Um sofrimento profundo visto pelos olhos de quem é demasiado jovem para superar o caos e perceber que a culpa não salva nem traz ninguém de volta.
A lucidez do pensamento, a incapacidade das palavras, as ideias que pairam como uma sombra desfocada, mas que não ganham forma.
O silêncio de que preciso, mas que me ensurdece. Tudo isto embrulhado numa ansiedade cega, surda, sem fim.
Podia ser apenas uma implacável história de amor que trata de questões de raça, género e identidade. Para mim foi, mais do que tudo, sobre a dificuldade que uma nigeriana “americanah” tem de readaptar à sua terra natal, para onde decide regressar em busca do seu ‘eu’ mais profundo. São inúmeros os desafios com que Ifemelu, a protagonista, se depara: as diferenças de linguagem, os amigos que já não são como ela pensava que eram, a sua própria vida que tem de ser repensada, reorganizada. E, claro, o reencontro com o seu grande amor dos tempos de adolescência.
Por mais tolerante que tente ser em relação à forma como cada um se expressa, não consigo evitar um ataque de urticária feroz sempre que oiço ou leio pérolas como:
- ‘Abreijos’ (aquela mistura pirosa de ‘beijos’ com ‘abraços’ que eu nunca conseguirei compreender)
- ‘Boas’ (quando se quer dizer ‘bom dia’ ou ‘boa tarde’; pior do que dizer ainda é escrever)
- ‘Boa continuação’ (continuação de quê? De dia? De noite? De conversa? De vida?)
- ‘Inté’ (não, não é ‘inté’. Custa assim tanto escrever ou dizer ‘até logo’?)
- ‘De encontro a’ quando o que se quer dizer é ‘ao encontro de’ (a primeira significa ‘contra’, enquanto a segunda significa ‘satisfazer’ ou ‘dar resposta a’)
E vocês? Também têm alergias gramaticais e/ou a expressões ou devo sentir-me uma criatura à parte?
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